sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O décimo sétimo dia


Vou grafar a inicial do nome de alguém que morreu de verdade. L. Sua morte é a prova de que, às vezes, os acontecimentos cotidianos de nossa pequena história de homens infames vingam-se da ficção.

A rima fica sem função, e todas as reflexões acerca do sentido da morte não se sustentam. Houve um óbito, de fato, que custou 18 facadas. Quando a carne não pode mais cobrir-se de representação, é em torno de seu vazio que se chora e se fala.

Não vou fazer isso, entretanto, em respeito àqueles que já vi morrer, sobretudo, à mãe de quem morreu, uma mulher silenciosa.

Nenhum comentário: