Eu bebo água, mas não por meio e uso de um copo de vidro que retiro do escorredor.
O vidro eu não consigo apanhar, pois está disponível apenas aos personagens que se comportam adequadamente e que vão à cozinha saciar sua sede toda vez que o autor para lá os dirige.
Se alguém está ainda a escrever não é por mim, nem com vistas ao meu destino. Eu continuo solto. Tenho falta de autor. Permaneci fora de todo o seu trabalho, e, quando vi que terminava seu romance, fiquei muito triste por não pertencer àquilo que fora elaborado com tanto desejo.
Ninguém me dirige, ninguém me leva até a cozinha, ninguém me faz beber água como parte integrante de uma narrativa em curso. Não há nada pior do que não ser desejado.
terça-feira, 30 de junho de 2009
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Um comentário:
Oi,tudo bem, adorei seu texto achei seu blog fuçando a net, as vezes as pessoas se sentem assim mesmo parte nao integrante de algo, é como se a gente vivesse a margem , é como se sentir sozinho no meio da multidao, isso é meio paradoxal, pq ao mesmo tempo q vc é parte integrante de um todo vc e uma ilha isolada com seus fantasmas e pensamentos, e necessita de alguem ou de alguma coisa q te faça sentir parte de um mundo inteiro q existe fora das suas fronteiras das suas limitaçoes de individuo, parabens vc colocou isso de uma forma linda e sutil ........
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